Aflições Gerais e Irrestritas

janeiro 30, 2005

Ufa!!! Quase!

- Benzinho, tenho algo pra te falar...- O que foi... Ela responde com voz rouca de quem tá querendo começar a dormir.
- É que eu fiz uma coisa que preciso conversar com você, pq não tô conseguindo ficar sem te contar.- Pode falar, diz ela sentando na cama já com feição de tristeza.- Bem, você lembra daquele dia que eu saí com os rapazes para tomar uma cerveja? Era uma quarta, depois da peladinha? Cheguei de madrugada, todo suado, porque o carro do Armandinho tinha estragado e ficamos mais de hora tentando consertar? Isso deve ter uns 6 anos já...- Lembro, você chegou aqui eram umas duas da manhã, bêbado e suado...- Pois é, naquele dia eu fiz uma coisa que não deveria ter feito.- Não acredito, Alfredo, depois de tantos anos juntos, você vai me dizer que me traiu depois de uma peladinha? Ela fala, já com a voz embargada pelo choro que brota no canto dos olhos.- Você não poderia ter feito isso comigo!!! Eu deixei minha família pra ficar com você, sempre ralando duro pra pagar as contas, barra pesada, e você faz isso comigo?!- Pois eu vou embora!!! Não consigo viver dessa forma!!! Não confio mais em você!!! Não consigo nem olhar pra você!!! Aposto que foi com uma mulher da vida, horrível, porque você nunca teve peito pra encarar mulher bonita, né? Se não foi com uma mulher da vida, foi com uma lavadeira qualquer de periferia!!! Ela gritando, andando de um lado para outro do quarto, abrindo guarda-roupa pra pegar as roupas...Ele pensa, putz, que merda, nunca pensei que depois de tanto tempo isso fosse encarado dessa forma, e agora, como faço, vai ser um bafafá danado... Ir embora ela acaba não indo, mas vai ser um saco, sempre vai ficar revivendo isso à cada briga, vai ligar pra mãe dela, que vai vir pra cá, ficar um século me enchendo o saco, sem contar que nunca, mas nunca mais eu vou poder sair com a moçada... Sabe duma coisa, vou reverter isso agora!!!Levantando, Alfredo pega a mulher pelo braço, grita alto pra ela ficar quieta, e olhando nos olhos dela, começa a rir loucamente! Ri tanto que até faz xixi no pijama, correndo para o banheiro pra ver se consegue chegar à privada... Rindo ele volta, a mulher parada no mesmo lugar, sem entender bulhufas...
Enxugando as lágrimas ele diz:
- Primeiro de abril!!! Hahahhahahahahahahhahahahhhhh!!!
- Nunca pensei que você fosse cair tão fácil numa dessas!!!
Ela, ainda sem entender bem o que se passou, senta na cama. Ele, pegando a mão dela, diz:
- Você acha que eu teria coragem de fazer isso com você? NUN-CA!!! Ouviu bem? NUNCA!!!
E dá um beijo caloroso nela, pensando consigo mesmo:
Ufa!!! Quase!

P.S.: Essa foi baseada em história real vivida por um amigo que quis contar à namorada que a havia traído. Diante reação desesperadora por parte dela, disse que era mentira, apenas para provar se ela realmente gostava dele... Ela, loura e linda, acreditou, e eles então continuaram seu caloroso namoro...

Depressão, sem razão, no coração, traz emoção, angústia, insatisfação. É um problema sério, doença da mente, mal moderno, tirado do inferno interior.
Não tem explicação...
Entorpece os sentimentos, os pensamentos, de forma que não se sabe o que sentir.
Nunca se entende se não se sente, mas se torna um mal tolerável quando se começa a entendê-la.
Não tem dia, lugar; não pede licença; vai embora sem se despedir; talvez pela certeza de voltar.
(Transcrito do texto escrito em 05/03/1998 - 22:50)

De loucos e sãos

Quem são os loucos e os sãos?
Não são os loucos quem são sãos?
Mas os sãos não são loucos?
O que são os loucos?
Loucos não são...
O que são então?
Serão loucos de montão?
Ou serão um montão de loucos?
Os loucos são...
(transcrito do texto escrito em 05/03/1998)

P.S.: Homenagem póstuma ao amigo Adib, figura rara, que muito me ensinou sobre a vida. Namaste, Adib!!!

O mundo sem distâncias

Pensou no Chico e em um segundo estava ao lado dele, lá em BH, para jogar uma partida de sinuca há muito prometida, mas adiada pelos inúmeros contratempos... Abraça o amigo e em outro segundo estão na sala de sinuca, escolhendo um taco, cada um com a sua excentricidade... O Zé gosta de taco curto e pesado, o Chico de grande e leve... Preferências essas não sexuais, deixando claro desde já... O Zé sempre escolhe os mais escuros, nunca soube porquê, mas gosta mais daqueles...
Começam a partida e cai a primeira bola... O Chico olha como quem diz - putz, andou treinando!!!
A partida segue, entre goles de cerveja e outras palavras, gozações, visões da realidade, enfim, toda aquela salada de sempre. A partida acaba...
Em dois segundos estão em casa, pegando o violão pra mais uma rodada de mpb e pensamentos dissonantes sobre algum tema bem capcioso, tal religião ou ainda preferência sexual de algum parente. Fica tarde, afinal hoje é domingo, então o Zé pensa em ir embora, e num segundo está em casa, Uberlândia, começando a tirar a roupa pra deitar com sua amada...
Êta vida boa essa depois que inventaram o pensamento!!!

A magia do flexágono

Flexágono, vai e vem
Mostra seu pequeno universo
Dobra e muda, é o inverso
Passa a ficar do avesso.

Cores mudam num piscar
É o mundo a girar
Gira sempre sem parar
Para sempre semear
A vida, doce semente.

Flexágono, matemática
Filosofia, razão
Quem gosta, ama e não teme
Tamanha emoção
De te sentir com a mão,
Com os olhos e o coração

Vai e vem, gira e volta
Sempre há uma nova forma
Na magia do flexágono.
(Transcrito do texto escrito em 14/09/1999 - 23:30)

Um ser que se prende às coisas da vida
Sempre faz tudo pra pensar mais claro

Sempre chama tudo pra si.

Esse ser vive e é vivo
Vivido com amor
Vontade de crescer e ver o mundo.

Sonha sonhos de criança
Brinca e fala como tal
Deseja mais que tudo
Visitar o seu vizinho
Que pede pra voltar
Pois aqui é o seu lar

Tudo muda, nada sempre dura
O amor renova no silêncio
A vida segue seu rumo.
(Transcrição de texto escrito em 13/09/1999 - 23:00)

Sobre o tempo...

É muito estranho quando pegamos algum texto que escrevemos a anos atrás, lemos e vemos como nos transformamos... Às vezes até duvidamos que aquilo foi escrito realmente por nós, ou seria então alguma "psicografia" de outro autor... Sei que é legal rever esses textos, provar a evolução, seja na construção literária, seja no teor do assunto em si....
Alguns dos textos que aqui estão são apenas transcrições desses antigos escritos, e para identificá-los vou sempre tentar me lembrar de escrever ao fim a data de referência.

She's all I ever had

Você não está me esperando. mas eu chego e fico te olhando, reparando em seus movimentos, seu corpo liso de pele gostosa de se tocar. Penso no dia em que o beijei todo pela primeira vez. Você está ouvindo uma música que lembra nossos momentos juntos. Começa a cantá-la e eu me sinto triste de não poder te abraçar. Uma infinita distância nos separa. Você pega algumas fotos nossas e começa a olhá-las, com o olhar triste, cansado. Olha-as, às vezes ameaça sorrir, mas o sorriso se perde no ar. Então uma lágrima lhe escorre pela face lisa, indo parar no canto dos lábios que muitas vezes já beijei. Começo a ficar ainda mais triste. Então você guarda as fotos, pega um pális e um caderno e começa a rabiscar. Nada certo, apenas meias palavras. Até que lhe dá vontade de escrever uma carta. Como se amanhã eu fosse recebê-la. Uma das últimas frases é "Sempre Sua"... Fico pensando... Às vezes pode-se possuir uma coisa para sempre, mas nem sempre pode-se tê-la ao alcance das mãos... Você fecha o caderno, recosta-se na cama e fica assim por muito tempo, a sonhar, com o olhar perdido em algum ponto da parede. Eu me aproximo e tento mexer em seus cabelos. Em vão. Não posso tocá-la. Esse foi o meu destino. Para sempre poder observá-la, bem de perto, mas nunca mais poder sentir o calor de seu corpo. Nem tocar uma palavra sequer, nem o "EU TE AMO" que está engasgado em minha garganta...
(Transcrição de texto escrito em Uberlândia, 20/05/1993 - 21:00)

janeiro 23, 2005

Desinformação informada

Apenas uma informação que acredito ser relevante... Recentemente recebi uma mensagem com uma reportagem sobre Petrobrás do Diogo Mainardi, que se não me engano saiu na Veja da semana passada (16/01). Bem, nessa reportagem o cara mete o pau no PT, no Lula, no Brasil, colocando n exemplos de má gestão e outras questões. Como não somos bobos nem nada, uma das pessoas da lista que recebeu a mensagem enviou para um amigo que trabalha na Patrobrás, para que ele fizesse uma análise da coisa... Pois bem, a maioria das questões são ganchos infundados para tentar criar polêmica, ou ainda questões trabalhadas pelo jornalismo, sabe aquelas coisas que se aumenta, parece que o cara come criancinhas, na verdade ele apenas lambe? Então... Esse é só para lembrar que apesar de lermos e aprendermos algo que alguém idealizou ou pesquisou, sempre tem que criticar o que é dito, nunca sair falando de primeira, como se fosse a maior verdade do mundo. Lembra daquele cara que foi no Jô, dizendo que vivia sem comer? Então, é algo desse tipo... Mesmo esse texto sem que ser analisado...

PÔ, ninguém me escuta...

Incrível como nos decepcionamos com coisas absurdas, sem nexo nenhum... Por exemplo, entrar no nosso blog e ver que ninguém acessa faz tempo... Putz, ninguém dá moral pra gente... Mas peraí, quantas pessoas conhecem esse endereço? Duas! E uma, depois de ler e não gostar, disse que não acessa mais! E a gente pensando que é um "fudido", que ninguém tá nem aí pra gente... Pensando bem acredito que conheço muuuitas pessoas com esse perfil, sabe, rebelde sem causa??? Do tipo "já quê"... Já que ninguém tá nem aí vou fazer só merda, usar todos os tipos de drogas e ficar sem tomar banho... Que coisa mais ridícula!!! Imaturidade. Falta de personalidade, pois tem coisa mais fácil do que botar a culpa nos outros? Tipo auditor - ganha pra por defeito no que os outros fizeram... Pois então, numa atitude de boicote a esse tipo de pessoa vou tratar de enviar esse endereço para aqueles mais chegados... Aí sim, daqui a uma semana, mais ou menos, se ninguém tiver acessado, vou ter razão pra ficar meio down...

janeiro 17, 2005

Não quero ser só mais um amigo!!!

Pensou consigo:
- Se rolar, gostaria de dar uns amassos naquela colega de trabalho gostosa, afinal, estava solteiro, tinha terminado o namora de 5 anos e tanto, estava na seca!!!
Então, um dia, depois de algumas cervejas e papo jogado fora, um sábado, na república que morava, depois que todos decidiram se arrumar para a noitada, resolveu passar o recado. Pegou o telefone, discou aquele número, rezou para que ninguém atendesse, já começando a suar... Deu sorte!
(Secrétaria eletrônica) Olá, você ligou 99..., após o sinal deixe seu recado que ligo assim que puder... Beijo!
PIIII!!!
E ele, tremendo por dentro, aumenta o som:
"Você apareceu do nada, você mexeu demais comigo, não quero ser só mais um amigo"...
Abaixa o som e diz, com voz rouca pela cerveja e emoção:
- Tá dado o recado!!!
E desliga. Putz!!! Tive coragem!!! Agora quero ver!!!
Os dias passam, ele não consegue ficar sem a namorada anterior, pois terminaram sem motivo, e volta a namorar com ela... Mas poucos dias depois, em uma festa que vai sem a namorada, encontra a dita cuja da mensagem, olha sem graça, ela retribui o olhar, como quem diz:
- Meu filho, amei a mensagem, mas não vou pular no seu pescoço... Vem cá e me agarra!!!
Ele vai embora, bêbado, mas contente. O tempo passa, ele, depois de vários anos sem ver aquela beldade, a encontra num restaurante, almoço de domingo. Ele casado, com filho, realizado! Nem se lembrava mais dela regularmente. Mas nunca se esqueceu daquela proeza, mesmo que não concluída, mas ousada a princípio. Diz oi, ela responde, dá um beijinho doce... Ele sente seu perfume, mas pensa consigo:
- Putz!!! De que furada eu saí!!!!
E vai almoçar, afinal está ali pra isso...

Triste, tristeza, tristonho
Refúgio de sonho
Ao longe se perde
Na imensidão verde

Palavras já ditas ao vento
Rumores que o céu já levou
Não chore, não brigue, não corra
Admita que o tempo ensinou

Pra sempre se vai, mas olhando atrás
Sentindo-se o mais capaz
Triste, tristeza, tristonho
Momento de sonho
Não mais, fugaz

O silêncio é o refúgio do sábio!

Interessante como a expressão acima tem uma validade tremenda! Aliás, não consigo lembrar de outra expressão que seja mais verdadeira!
Mas como é difícil perceber isso, e de vez em quando ainda me pego deixando de lembrar, querendo argumentar sobre algo que não precisaria, apenas talvez por orgulho, sem lembrar que o mais sábio é aquele que cala, deixa o tempo dizer por si. E como o tempo diz!!!
O tempo cicatriza feridas, encobre manchas, esconde lágrimas. Mas teimamos, pelo menos eu sou um pouco assim, em tentar convencer o mundo de nossas opiniões, cegamente, sem tentar analisar do prisma de quem reluta em ser sobrepujado. Ficamos com raiva, dizemos coisas que não pensamos, fazemos com que a discussão se torne inútil e pessoal... Mas tão sábia quanto a afirmação acima, outra diz que "o tempo é o senhor da razão", então com o tempo saberemos que de nada adiantar argumentar sem pensar, tentar impor a opinião como um "remédio goela-abaixo". Silêncio! Silêncio! Sábio Silêncio, silencia o tempo, silenciado no vento.

janeiro 16, 2005

A torneira, fonte das mudanças

A torneira pinga, minha atenção se perdeu
O filme segue na tela
Mas a torneira pinga, me envolveu

A torneira pinga, já me irritando,
Mas a cama tá boa
Preguiça me impede de levantar e fechar

A torneira pinga, o filme nem sei
Mas não me levanto
Me irrito, me mexo, mas ainda tolero

A torneira pinga, eu me levanto
Abro e deixo correr
Lavo o rosto

Já que estou de pé, vou sair
Caminhar na tarde que cai
Talvez tomar um sorvete

A torneira não pinga
A TV desligada
Toda a preguiça foi lavada!!!

Sobre as promessas de começo de ano I

E aí, como andam suas promessas de começo de ano? Já começou a correr? Ou então, leu aquele livro que estava na estante? E aquele amigo que você ia ver sem falta até dia 05??? Pois é, no dia 31 sempre pensamos numa série de coisas que queremos mudar ou intensificar no ano que irá começar, mas chega dia 10 e já nem lembramos mais do que pensávamos... Vamos fazer um trato? Me escreva quais seus objetivos para 2005 e eu vou cobrando o ano todo, aí você não pode dizer que não teve incentivo, ou ainda o famoso "xá pra lá". Eu tenho uma meta, modesta, mas tenho - emagrecer 18 kgs no ano, sempre no mínimo 1,5 kg por mês, e mesmo que emagreça mais num mês, tem que ser pelo menos 1,5 kg perdido no posterior. Me pesei no final do ano e acredito que até hoje nada mudou... Mas também, não fiz nada para mudar, então nem tem como me frustrar... Mas a consciência está diária, acredito que terei determinação para manter esse propósito. Me ajude que te ajudo!!! Mas não me venha com Herbalifes da viva, ok!?

O que leva alguém a dizer que não gosta de música???
Como pode uma viv'alma qualquer simplesmente não gostar de nenhum ritmo ou tipo de som? Nem mesmo o bom velho rock'n'roll?!?!?! Ou ainda o mais pop dos pops, aquele, sabe, feito exclusivamente porquê o capitalismo existe, e vende rios no mundo inteiro...
Não me imagino sem música... Aliás, não raro me pego lembrando de algo de longe, tipo aquele livro sobre morcegos-vampiros que li nos idos de 1994 (putz, mais de década!!!), ouvindo Slayer ou ainda Chemako. Parece que tudo tem a ver, o livro e a música se mesclam, e a gente entra num estado de transe que não é afetado pelo mundo. Pode cair a casa que nada tira nossa concentração.
Ou ainda, lembra-se da música especial daquela garota, ou daquele amigo, lembrança de muitas farras, bebedeiras, que vêem num passe de mágica, basta passar algum carro ou um rádio tocar aquela melodia. Enfim, não dá pra viver sem música, e penso que se Deus quiser me castigar é só ele me fazer surdo...
By the way, nesse momento rola aqui R.E.M (álbum "the best of") - Answers from the great beyond.

janeiro 09, 2005


Esse sou eu.

Na rede II

As linhas retas mostram a direção
Da palavra que vem do coração
Momentos jogados pelo ar
O tempo passa sem cessar
Võa longe sem se cansar

Meu amor reflete a luz
Dos teus olhos de veludo
Sonhos, versos mudos
Que o momento já levou

Tanto tempo só lembranças
Infância que já passou
Ficou como brincadeira
Que o Natal já levou
Aí veio o Carnaval
E tudo mudou

Na loteria ad vida
Os sorteios são de minuto
Ganha aquele que vê
O melhor de cada um.

Na rede I

Outro dia minha filha, Lara, veio do quarto chutando uma caixa que eu havia recebido dos correios, com uma caneta na mão... Era dia 16/11/2004, eu estava deitado na rede, na sala, fazendo aquela horinha depois do almoço, aí peguei a caixa e a caneta e comecei a rabiscar a caixa:
"É incrível como o tempo ou a desculpa nos faz esquecer o quanto é bom refletir, colocar onde quer que seja aquilo que nos vem à mente..."
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"Tudo vai e vem, mas a vontade sempre fica. Viver feliz acima de qualquer coisa."
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"O vento ainda sopra o gelo da asa do anjo que sobrevoa sem cansar o nosso dia."
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"Sonhos, sopros, solidão. Tudo vale e fortalece o coração!!!"
16/11/2004 13:17

Coisas do momento...

Putz, acabei de perder um post aqui e percebi o quanto um momento pode significar... Escrevi uma poesia que nem me atrevo a tentar repetir, pois não seria verdadeira como da primeira vez. Melhor ficar perdida.
Mas pensei em quantas vezes deixamos que o "post" se perca em nossas vidas, sei lá... Talvez aquele oi no ponto de ônibus para aquela gatinha que te encantou por vários minutos, ali parada... Ou ainda aquela ajuda àquela senhora que cai desmaiada na fila do banco, vítima da hipertensão + sol escaldante... Enfim, são momentos únicos, rápidos, que talvez nem percebamos, mas que poderiam mudar nossa vida para sempre.
Sei de uma coisa - daqui em diante, antes de clicar o "publish post" abaixo, vou copiar o que escrever, pois se escrevi creio que não quero perder tão cedo...

Sobre o Medo

O medo do nada é tudo
O medo de tudo cala
O medo que cala fala
Calafrios, arrepios, suor e palidez

O medo da solidão congela
O medo da multidão abala
O medo que abala fala
Gemidos, pavor, lágrimas e tremor

O medo de tudo
Não tem razão
Acenda a luz
Ligue a televisão!

O telefone tocou

O telefone tocou
Fui atender
Naquela estrada
Quero correr

A vida passando
O vento soprando
Só acelerando
Sem medo de ser

O telefone tocou
Fui atender
Estou em casa
Quero te ver

Você já não vem
Deixou de existir
Procuro razões
Viver ou mentir

O telefone tocou
Fui atender
Tu, tu, tu, tu, tu....

Se chover eu vou ficar em casa!

Estranho como o ser humano gosta de condicionar suas escolhas à certas possibilidades. É como se nossa vontade tivesse que depender de alguma coisa ou de alguém, e não simplesmente de nós mesmos... Assim, dizemos que iremos ficar em casa em um domingo chato (pleonasmo!) se chover, ou ainda que se passar aquele programa chato vamos ler um livro... Devíamos viver igual crianças nesse aspecto - se ela quer algo, repete insistentemente até conseguir, ou até que o adulto estúpido a faça parar de repetir a ladainha... E vivem felizes e isentos desse mundo, enquanto temos, nós adultos, que esperar o início do ano para começar a fazer dieta, ou ainda o final da novela para deixar de ver tv. Os vícios da idade são difíceis de ser tirados, e se não tivermos consciência dessas atitudes nunca deixaremos de executá-las.